segunda-feira, 24 de maio de 2010

desabafo


Tenho a cabeça cheia. Não consigo parar para pensar, pois mil e uma coisas me invadem a mente sem eu querer. O que fazer? O que pensar? Eu não sei, estou a falhar. A cabeça não pensa, não tem descanso, tudo o que queria era pontos de avanço. Distância, um senão. Que passo tomar? Que decisão escolher? A mente não pensa, perde-se sem pedir licença. Ninguém entende, ninguém sabe, a minha mente pede liberdade, e o meu corpo menos saudade. Porque? Porque ninguém sabe. Apenas eu controlo, apenas eu sei, apenas eu decido, apenas eu escolho, apenas eu tomo consciência do que faço e das decisões que tomo. Dou o meu melhor para não fazer pior. É tudo, uma simples incógnita. Não me perguntes quando, não me perguntes porque, simplesmente não perguntes, porque eu vou dizer “eu não sei, ainda não pensei”. O que preciso? Folga, dias ou talvez apenas horas, sozinha, longe, protegida, talvez como num sonho, ou simplesmente uma ilusão. As vezes, apenas queria poder gritar ao mundo o que sinto, o que vai cá dentro. Mas, limito-me a interiorizar tudo, não posso, não devo exprimir, é como que um segredo fechado a sete chaves com uma promessa de cuspo incluída. Ficará preso no meu corpo, na minha mente, perdido nos meus pensamentos pesados e sensíveis. O que é isto? O meu coração bate, estou a respirar, estou a sentir, estou a viver. Tudo o que tenho de fazer é levantar, continuar, e tentar. Não vale a pena. Não vale a pena ficarmos perdidos por ai, sem saber o que fazer. Estamos vivos, tudo se resolve, tudo passa. As coisas vão e vêm, agora elas chegaram, um dia partirão. O que importa é o apoio recebido, que é sempre muito apetecido. Uma noite, um desabafo, agora, parei de pensar, parei de escrever, parei de sentir, fechei a boca como que com um agrafo. Adeus, pensadores de decisões, matérias estranhas e sensações desconhecidas.

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