domingo, 27 de junho de 2010

desabafo IV

Por muito que tentemos nunca vamos conseguir descrever sentimentos por palavras, pois nem escrevendo todas as frases bonitas e sensíveis se descreve qualquer sentimento. Os actos sim, compensam as palavras, fazem-nos ver o verdadeiro, o sentido. Mas como, como como saberemos que não passa só de mais um acto sem qualquer significado? Como saber distinguir o verdadeiro do falso, o certo do errado? Procurei, durante muito tempo essa resposta, ate que, sem nunca desistir, a encontrei: sofrendo e crescendo, aprendendo com a dor. Apenas a dor nos faz crescer, nos ensina como saber o certo e o errado e perceber o verdadeiro sentido e importância das palavras e actos, hoje usados insignificantemente. Sofrendo, aprendemos que o mundo não é cor-de-rosa, a vida é um teatro e nós somos marionetas. Escolheste o momento em vez da razão? Agiste sem pensar e aprendeste da pior maneira? Dá graças a Deus, agora cresceste e não cais desnecessariamente. Talvez agora não faça sentido, mas um dia perceberás. Não te chateies quando alguém que amas te mandar calar, no fundo quer apenas um verdadeiro acto e não uma simples palavra. Mas, avalia o acto e pensa se é certo, apenas assim valerá a pena. Não guardo rancor a quem me magoa, agradeço. Devo a isso o que sou, a força que tenho e o que penso hoje. Aproveito a vida, mas hoje, penso nas consequências dos meus actos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

a lua esta no ceu


Um luar, uma musica calma, podem levar-nos tão longe… Mover-nos ate ao profundo, aquele ao qual não queremos chegar. O profundo, que tem impresso tudo aquilo que não queremos revelar, que esconde o verdadeiro, seja ele doloroso ou não. Quando olhamos para a lua, que sempre se mantém alta e bela, mesmo nos dias mais chuvosos, mesmo nos dias mais negros e mesmo quando as nuvens se atravessam na frente dela, ela brilha, e brilha como nunca agora (…) A musica, alta e calma, que acompanha os meus pensamentos perdidos e soltos, as minhas memorias, frescas e sensíveis que ainda me tocam. E é assim, sempre, um ciclo sem fim… Tentamos fugir de tudo o que o passado nos trás, tentamos mergulhar no futuro, arranjar uma razão para esquecer mas, o passado, esse estará sempre presente, por muito que corramos, por muito que tentemos fugir vão sempre sobrar sentimentos e memorias, que só sairão quando a morte separar a alma do corpo, e tudo desaparecer apenas num ultimo suspiro. Mais nada pode quebrar o que um corpo e uma alma sentiram, fizeram e sonharam juntos, é demasiado forte, e hoje, a lua é minha testemunha, apenas precisei de um olhar pela janela.

terça-feira, 22 de junho de 2010

enfim.

copiar é feio. querer ficar com os louros é ainda pior. na minha cabeça morreste, a minha verdade calou-te a boca e fez desaparecer tudo o que parecia certo e verdadeiro. foste, e não voltas.

"Deus escreve direito por linhas tortas."

sábado, 19 de junho de 2010

Flying on the past

I can ever remember

The nights we have been together

And we swear

That our love will be forever


Everything felt so right

It’s the power of the night

Now we broke up

I can’t just look up


All I need

It’s you with me

Like in our past

Tell me that kiss was not the last

All I need

Is your hands

Taking mines

Walking on the street like old times


I even can remember

We watching Tv all night

Saying that things between us

Are always all right


Everything was so perfect

It hurts so much

Now I need you much more

I want to start all over


All I need

It’s you with me

Like in our past

Tell me that kiss was not the last


All I need

Is your hands

Taking mines

Walking on the street like old times


Come, come, come

Come back for me

Come, come, come

Come back for me


Cláudia Fernandes 19/06/2010

quinta-feira, 17 de junho de 2010

azul e branco


Porque, porque não sou como uma nuvem? Era capaz de ficar horas a vê-las no céu azul ou até mesmo cinzento, passeando inocentes, percorrendo terras e rios sem saber para onde vão. As nuvens moldam-se á sua maneira, podem ser o que quiserem, quando quiserem e como quiserem, isso não influencia nada no nosso mundo, apenas muda o aspecto do céu, aquele que miramos tanto sem dar conta. Elas, o seu caminho comandam, sem pedir licença. Sozinhas ou acompanhadas, vão onde tem de ir, sem pensar nas outras. Era assim que devia ser, como uma nuvem, apenas pensar no que tenho de fazer e faze-lo sem parar. Sem pensar nas consequências desse acto, porque podemos cair tentados e é ai que somos fracos.(...) E quando existem ventos fortes, quando o mar está bravo e as nuvens estão cheias e cansadas, juntam-se e descarregam sem pensar, apenas deixam-se ir ao sabor do vento e da companhia... e quando a chuva passa e o céu volta a ser azul, os raios de sol penetram os frágeis olhos e percebem quem realmente é o raio de luz dentro do coração escuro e fundo. As nuvens voltam a ser livres, só que elas não pensam. Belas, inocentes nuvens.

domingo, 6 de junho de 2010

não

[e quando eu chamava tu não estavas, e quando eu gritava tu não vinhas] (...)
não me largues. não me deixes. não me faças sofrer. não me apagues. não me excluas. não me troques. não me esqueças. não vás embora. não sejas como uma estrela. não apagues o meu/teu sorriso. não fales com a cabeça. não oiças. não fales. não chores. apenas, pensa. guarda. sente. fica. (gosti,quero-te aqui - juntos de mão dada.)

"tens o mundo a teus pés, e não ficas calado, mas para seres como és, é mais forte que o pecado, tens o mundo a teus pés"
- estado de espírito.

terça-feira, 1 de junho de 2010

desabafo III

Não, não pode ser. Dia para dia arrasto-me cada vez mais… Que se passa? Nem eu sei. A melancolia invade-me a toda a hora, até as lágrimas decidem bater á porta, sem eu saber a razão. Chegado a um ponto, dá nisto, já nada faz sentido, já não temos certezas, parece que o mundo nos cai em cima dos ombros e não temos força para o suportar. Porquê? Porque me sinto desamparada e desprotegida? Porque sinto que estou a falhar? Porque custa tanto? Porque estou aqui? Porque estou a perder? Porque tenho saudades? Porque vem tudo ao mesmo tempo? Mas afinal, porque continuo a tentar descobrir respostas para as perguntas inexplicáveis? Apenas dúvidas filosóficas para as quais gostávamos de ter uma resposta, mas morremos a tentar. Não, nunca tive talento para dizer o que sinto, não consigo falar, não posso faze-lo. (…) Apenas queria poder sentar-me á beira-rio e por os pés na água gelada, vendo os alfaiates fugirem; correr pelos montes sem conhecer os caminhos e sentar-me rodeada de cheiros e sons; comprar um sumo e um chocolate e sentar-me na torre do relógio, vendo os poucos carros passarem; andar á beira-mar, com aquela água gelada a tocar-me nos pés e pernas arrepiadas e olhar para as poças á procura de marisco bebé ou caranguejos. Apesar de tudo, amo esse pequeno mundo. Lá, posso ser quem eu quiser, não há julgamentos nem consequências. Longe, bem longe dos olhares mal intencionados e das atitudes infantis (…) E com uma folha em branco, depois de tanto tempo a dizer tudo não disse nada, posso escrever mil e uma coisas mas fica sempre tanto por dizer. (…) Preciso dos que amo, sempre do meu lado, para me agarrarem quando eu já não suporto o peso de tudo. E quando deixares de sorrir, pensa que há alguém que te quer bem. Eu, eu sou mais forte que o mundo! Vou usar o meu poder em mim, e não vou deixar que o meu sorriso se apague. Ontem, tive uma alma pequena! A partir de agora não haverá piloto automático, vou ser apenas eu contra as barreiras da vida. (não vou chorar mais, não vou pensar mais, nada mais)


E tu, por quem eu dava a vida, vais ficar bem. Eu prometo, amo-te á oito anos e vou proteger-te sempre pequenino. Não suporto ver-te mal (L)