quinta-feira, 17 de junho de 2010

azul e branco


Porque, porque não sou como uma nuvem? Era capaz de ficar horas a vê-las no céu azul ou até mesmo cinzento, passeando inocentes, percorrendo terras e rios sem saber para onde vão. As nuvens moldam-se á sua maneira, podem ser o que quiserem, quando quiserem e como quiserem, isso não influencia nada no nosso mundo, apenas muda o aspecto do céu, aquele que miramos tanto sem dar conta. Elas, o seu caminho comandam, sem pedir licença. Sozinhas ou acompanhadas, vão onde tem de ir, sem pensar nas outras. Era assim que devia ser, como uma nuvem, apenas pensar no que tenho de fazer e faze-lo sem parar. Sem pensar nas consequências desse acto, porque podemos cair tentados e é ai que somos fracos.(...) E quando existem ventos fortes, quando o mar está bravo e as nuvens estão cheias e cansadas, juntam-se e descarregam sem pensar, apenas deixam-se ir ao sabor do vento e da companhia... e quando a chuva passa e o céu volta a ser azul, os raios de sol penetram os frágeis olhos e percebem quem realmente é o raio de luz dentro do coração escuro e fundo. As nuvens voltam a ser livres, só que elas não pensam. Belas, inocentes nuvens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dêem a vossa opinião :)