domingo, 18 de novembro de 2012

slow sadness


Sei como é sentir que o mundo te cai aos pés. Sei como é sentir que está tudo contra ti, que não existem mais lagrimas para derramar, desejar que tudo acabe. Desejar liberdade, um mundo novo, longe daquilo que é errado, do que te faz desesperar, do que trás as tuas piores facetas, os teus maiores medos, os teus piores sentimentos, á tona. Sei, como é sentir que já não há palavras para verbalizar, com a mágoa na voz, o que te vai no pensamento, escuro e depressivo, complexo, como o mundo que julgas ser o teu único. Sozinha, pensas que não há mais esperança, que nunca nada vai mudar, e no teu belo olhar, vê-se o teu medo brilhar. Constróis o teu pensamento, o teu futuro, baseado em sonhos, em que tudo aquilo que desejas é o real, e choras, no fundo, frustrada, na consciência de que sonhos não passam de sonhos, desejos não passam de desejos, e que quando eles desaparecerem, e caíres no verdadeiro real, as lagrimas vão voltar a cair, alimentando o desespero que te percorre o corpo, a mente, a alma… aquilo que te preenche, é agora um vazio. Pedes a Deus, que a tua vida não seja como a Lua, por fases, em que momentos perfeitos se tornam no teu pior pesadelo, em tudo aquilo que tentas evitar. Sei o que é sentir que tens de te proteger, refugiar sozinha, no teu canto, onde o mundo não te poderá tocar, influenciar ou magoar. É, eu sei, há dias assim. Mais do que o suportável, suponho. Dias que nos atormentam, que nos deixam sós, com a alma vazia, e a mente… distorcida. Dias em que choras por aquilo que amas, e mesmo assim, continuas a sorrir, mesmo perdendo, esquecendo… Sim, eu sei, o que é sentir que tens de refugiar de tudo aquilo que é belo, para que não perca o encanto, e para que te mantenhas sobre os teus pés, para que o teu coração. Sim, eu sei… como sei? Sei porque já ai estive. 

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