Sei como é sentir que o mundo te cai aos pés. Sei como é
sentir que está tudo contra ti, que não existem mais lagrimas para derramar,
desejar que tudo acabe. Desejar liberdade, um mundo novo, longe daquilo que é
errado, do que te faz desesperar, do que trás as tuas piores facetas, os teus
maiores medos, os teus piores sentimentos, á tona. Sei, como é sentir que já
não há palavras para verbalizar, com a mágoa na voz, o que te vai no
pensamento, escuro e depressivo, complexo, como o mundo que julgas ser o teu
único. Sozinha, pensas que não há mais esperança, que nunca nada vai mudar, e
no teu belo olhar, vê-se o teu medo brilhar. Constróis o teu pensamento, o teu
futuro, baseado em sonhos, em que tudo aquilo que desejas é o real, e choras,
no fundo, frustrada, na consciência de que sonhos não passam de sonhos, desejos
não passam de desejos, e que quando eles desaparecerem, e caíres no verdadeiro
real, as lagrimas vão voltar a cair, alimentando o desespero que te percorre o
corpo, a mente, a alma… aquilo que te preenche, é agora um vazio. Pedes a Deus,
que a tua vida não seja como a Lua, por fases, em que momentos perfeitos se
tornam no teu pior pesadelo, em tudo aquilo que tentas evitar. Sei o que é
sentir que tens de te proteger, refugiar sozinha, no teu canto, onde o mundo
não te poderá tocar, influenciar ou magoar. É, eu sei, há dias assim. Mais do
que o suportável, suponho. Dias que nos atormentam, que nos deixam sós, com a
alma vazia, e a mente… distorcida. Dias em que choras por aquilo que amas, e
mesmo assim, continuas a sorrir, mesmo perdendo, esquecendo… Sim, eu sei, o que
é sentir que tens de refugiar de tudo aquilo que é belo, para que não perca o
encanto, e para que te mantenhas sobre os teus pés, para que o teu coração. Sim,
eu sei… como sei? Sei porque já ai estive.
Pontas Soltas
domingo, 18 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
bad romance
Não tem explicação, é agridoce. Contraditório, portanto. Como se fosse perfeito e ao mesmo tempo... não o fosse. Sempre soube o que fazer, mas não agora. É diferente, lindo e sinistro... Nasceu de não sei onde, não sei porquê, cabe-me a mim descobrir, eu sei... Só não sei como. Aquele sorriso perfeito consegue fazer o meu dia, mas e se 5 minutos depois ele se desvanecer? Então o mundo volta a ser só um lugar frio. Queria que ele brilhasse só para mim, sempre. Que iluminasse não só o meu corpo, como o meu pensamento, o meu coração. Talvez as semelhanças sejam muitas e as diferenças gigantes, ao mesmo tempo... Talvez me esteja a esforçar de mais. Talvez queira apenas fazer disto a perfeição, mesmo sabendo que é impossível, e com isso traga este sentimento de vazio que carrego agora, por saber que falhei, ou não. Não tenho mais nada a perder. O sorriso já faltou, as mãos já me abandonaram, o frio continua presente e o vazio já se instalou.
«eu não preciso de ti, tu não precisas de mim, eu e tu precisamos de nós.»
«eu não preciso de ti, tu não precisas de mim, eu e tu precisamos de nós.»
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
more than words.
«Não sei
de onde vieste ou como vieste, mas trouxeste contigo a minha felicidade. Não
sei nada de ti, és um mistério para mim mas também não quero saber. Tu sabes
que tudo o que me interessa é aquilo que tu és agora, aquilo que tu és quando
estas comigo, quando estamos juntos. O teu sorriso mudou a minha vida. Quando
entre beijos tu soltas um sorriso, quando olhas para mim e dizes que me adoras,
quando fazes beicinho ou quando me abraças como ninguém, eu sei. Eu sei que
estás feliz, e isso é o mais importante, o mais gratificante para mim. Saber
que partilhamos esta vida, partilhamos este sentimento sincero… Tenho medo de o
estragar, é demasiado perfeito. Gosto de ti duma maneira especial. Gosto quando
me irritas, quando me gozas, quando me sufocas, quando me tocas… Como é que
posso não gostar de ti? Na minha vida acredita, tens um lugar especial… Não há
ninguém como tu, igual a ti. Não consigo amuar contigo, derretes-me. Não estava
a espera, e eu acho que tu lês o espanto nos meus olhos. Ás vezes penso que não
estou pronta, para algo tão grande, tão verdadeiro, tão perfeito… Acredito que
juntos superamos as intrigas, as invejas, porque quando estou contigo, o que
vem de fora não interessa, não chega nem perto de nós. E quando tu viras as
costas, eu tenho saudades tuas. Tenho saudades do teu cheiro, que ainda sinto
no meu peito, das tuas mãos á minha volta e de tudo aquilo que tu me fazes
sentir. Quando não estás eu desejo que estejas. E aquilo que me dizes, a
maneira como me tratas, é tão diferente, tão especial que mete medo, que me
deixa sem palavras, e quando me pedes para não fazer aquele olhar para ti… Não
dá, eu estou só a pensar o tempo que esperei por alguém como tu. E quando me
chamas de amor… o meu mundo dá três voltas. Eu sei que tu notas, que tu entendes,
que é difícil para mim acreditar, confiar… Não é que eu não acredite que tudo o
que dizes é sentido, eu sei que por ti gritavas ao mundo que me adoras… Mas
chego a ter medo de não estar á altura e quando tu dizes que eu sou demais, um
misto de sentimentos percorrem-me o pensamento, aumentam o meu medo de falhar,
mas ao mesmo tempo só mostra o valor que tenho para ti, aos teus olhos eu quero
ser perfeita e não te quero magoar, não te quero desiludir. Eu quero, e
preciso, de ti comigo, eu dava tudo para te ter aqui, agora, e enquanto ambos
quisermos. Em tão pouco tempo, como é possível gostar tanto de alguém? Eu sei
que tens muitas perguntas, e eu ainda não tenho todas as respostas para ti. Eu
digo aqui, sincera, que tu és diferente, que eu penso em ti mil e uma vezes ao
dia, que rezo para que o tempo passe a correr para poder voltar para os teus
braços, poder olhar nos teus olhos e ver-te sorrir como só tu sabes. E se tu
perguntares se eu gosto de ti eu digo-te: eu adoro-te e acho que estou a ficar
apaixonada.»
Sempre Sincera,
Sempre Sincera,
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
worries
Não consigues ver, ou não queres… Não sabes, são demasiadas
vozes a sussurrar ao teu ouvido, demasiadas vozes dentro da tua cabeça inocente
e confusa. É difícil, complicado… Tudo o que vês é bom, tudo o que queres é
melhor, mas o mundo é negro e frio, traiçoeiro. E arrependimentos, ninguém os
quer. Mas os riscos existem para se correr, certo? As feridas curam-se, com o
tempo.
«O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.» Fernando Pessoa
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.» Fernando Pessoa
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
Just Saying...
Não
consegues entender. Tanto é, como não é, como podia ser, como deixa de ser,
como querias que fosse, mas não queres que seja, como se sim, como se não. Não
dá para perceberes o que queres, ou não queres, ou sonhas, ou pensas, ou evitas
ou desmentes. Supera-te. Vai para além daquilo que entendes, muito. Ultrapassa
o extraordinário e o péssimo, o conhecido e o desconhecido, o bom e o mau, o
perfeito e o imperfeito. Não consegues ver, é mais do que isso. Queres uma
coisa, pensas noutra, vives uma diferente e ainda sonhas com mais.
Ultrapassa-te. Vai para além de ti, daquilo de que és capaz, daquilo que já
viveste ou pensaste. Não é fácil de sentir e muito pior de caracterizar. Não há
palavras que descrevam e não sei porque tento sequer transmitir isso. Talvez
porque compreendo ou não, apenas tento. Sinto que devo, talvez não. Talvez seja
demasiado profundo para se trazer ao de cima assim. É melhor ficar assim, nas
profundezas do pensamento, como profundo que é… ou não.
Sempre Sincera,
sábado, 15 de setembro de 2012
Nunca vai embora...
Nunca tinha
sido assim. Aquele olhar de desprezo apoderou-se dela naquele dia nublado. Ela
quis chorar. Mas não o fez, encheu-se de orgulho e virou costas, sorriu como se
nada a afectasse, como se a situação não a tivesse atingido que nem uma flecha
num animal indefeso. Por muita distância que existisse, ela nunca pensou que
tal acontecesse assim, daquela maneira. É triste, laços de sangue cortados há
tanto, tanto tempo. Talvez não a reconhecesse, pensou, esperou… Mas era uma
minúscula possibilidade, ela não havia mudado assim tanto e ele devia tê-la
observado, tentado pelo menos… Mas não. Analisou e virou costas. E com isso
apagou tudo o que existia entre eles, se é que ainda restava alguma coisa… Ela
achava que sim, pelos vistos não.
o8/2012
Hope
Há esperança. Tem de haver. Ainda há um longo caminho a
percorrer, cheio de barreiras e armadilhas, mesmo á nossa espera, para nos
levar ao desespero. Às vezes pergunto-me se vamos ser capazes. Se vamos dar
tudo até não podermos mais, até ao fim. Só ela nos pode salvar desta angústia
que sentimos simplesmente por não saber. Ela tem o poder de nos fazer olhar em
frente, sem nunca desistir, sem nunca nos endoidecer, de nos permitir sonhar
com o melhor. Sem ela, o mundo seria apenas um lugar vazio, sem vida. No fundo,
todos a temos. Por muito negro e frio que seja o cenário, no fundo todos
sonhamos com o melhor, todos a alimentamos com pensamentos positivos. Mesmo que
não alcancemos esses sonhos e objetivos, nós um dia tivemos esperança. E é ela
que nos move, todos os dias, a cada passo que damos. Eu estou cheia dela. E por muito que o mundo
me dê para trás, ela está comigo e eu só vou continuar em frente.
Sempre Sincera,
04/04/2012
domingo, 29 de julho de 2012
eu dizia não
Eu dizia não, mas sim. O teu problema é que
dizias sim, mas não. Talvez…? Quem sabe…? Não…? Sim, é não. Por muito que o
mundo gire, por muito que tudo mude, vai ser sempre não.
Porquê? Porque é assim, e sempre foi, e
sempre será. Porque nem quando o sol deixar de brilhar, nem quando tudo aquilo
que julgamos certo acabar, será sim, mas não.
Não é justo. Não é. Sim e Não… Talvez, quem
sabe… Ninguém sabe? Eu sei. É não, porque sim, porque é não e sempre será
assim, não. Confuso? Sim, mas não, é não e é assim.
Assinar:
Postagens (Atom)